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    Pilhagem americana dos recursos sírios é “estarrecedora”, diz porta-voz chinês

    “Não há injustiça maior que o país mais rico do mundo roubar um dos mais pobres”, declarou um porta-voz da chancelaria chinesa, ao comentar a nova escalada militar no país árabe

    (Foto: Reuters)

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    Leonardo Sobreira, de Pequim (247) - A chancelaria chinesa fez um apelo aos Estados Unidos para que cessem sua presença militar ilegal na Síria, criticando ainda a pilhagem dos recursos sírios pelas forças americanas.

    Em pronunciamento nesta terça-feira, 30, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Zhao Lijian classificou como “estarrecedora” a escala da pilhagem americana dos recursos sírios. 

    “(Isto) ocorre enquanto o país tenta sair de uma crise que se arrasta por mais de uma década e de uma grave crise humanitária que atinge sua população”, observou ele. 

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    “Não há injustiça maior que o país mais rico do mundo roubar um dos mais pobres. Os EUA interferiram na crise da Síria tentando começar uma revolução colorida. Suas frequentes intervenções militares na Síria causaram grandes baixas civis e prejuízo econômico inevitável. Também deslocaram mais de 12 milhões de pessoas”, destacou, lembrando da nova rodada de bombardeios americanos no Leste da Síria na semana passada, o que classificou como uma violação da integridade territorial do país árabe. 

    Os EUA justificaram a ação militar na província de Deir Zor afirmando que os grupos que alvejou eram afiliados à Guarda Revolucionária do Irã, que, por sua vez, teriam lançado ataques contra soldados americanos. Na ocasião, o Ministério das Relações Exteriores do Irã negou vínculos com os militantes e chamou a ação dos EUA de "uma violação da soberania e integridade territorial da Síria".

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    Atualmente, há cerca de 900 militares dos EUA na Síria, que se dividem entre a base de al-Tanf e campos de petróleo no Leste do país. Segundo a chancelaria chinesa, a presença militar ilegal dos EUA no país somente gera mais tensões e tem o objetivo de pilhar, além do petróleo, grãos sírios.

    “Eles (EUA) continuam a ocupar os principais campos de petróleo da Síria e pilharam mais de 80% da produção de petróleo do país. Eles contrabandearam e queimaram estoques de grãos sírios, exacerbando a crise humanitária lá”, declarou Zhao Lijian. 

    “Os EUA devem refletir seriamente sobre seus crimes relacionados à guerra, cessarem essa presença militar ilegal e operações na Síria, levantar as sanções unilaterais contra a Síria, pararem de roubar petróleo e grão da Síria", disse. "Os EUA devem devolver ao povo sírio a liberdade, riqueza e dignidade que os pertencem”.

    Segundo relatório da Comissão de Inquérito da ONU sobre a Síria divulgado em março, cerca de 90% da população está vivendo na pobreza após 11 anos de conflito armado. 12 milhões de sírios enfrentam insegurança alimentar e um número sem precedentes de 14,6 milhões de civis dependem de assistência humanitária.  

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